segunda-feira, 6 de abril de 2015

Clara?!

Desde pequena meus pais sempre levam eu e a minha irmã à livraria.
Para gente é sempre um lugar mágico, cheio de coisas novas e muitas descobertas...
Lembro de uma vez que fomos para a Livraria Cultura logo depois da aula. Já havíamos almoçado e mamãe precisava de um livro e lá fomos às três para o paraíso! 
Estava tudo tranquilo, eu escolhi o livro que eu queria ler, a minha mãe o dela e  a minha irmã Clara também.
Já havíamos ficado um tempão lá quando resolvemos pagar os livros e ir para casa. 
Estávamos todas no caixa e pagando os livros quando a mamãe olhou para o lado e apenas eu estava ali...
Mamãe me perguntou se eu estava vendo a Clara, e como eu não sabia onde ela estava, a mamãe logo correu ao segurança para avisar que a Clara não estava conosco e que precisavam fechar as saídas da loja! E eu, grudada em sua mão, estava desesperada e minha mãe agia naturalmente como se tudo fosse normal... 
Depois do segurança, ela foi até um balcão para avisar que ela estava procurando uma criança como o uniforme da escola tal, pequena e de cabelo curto...
Minha mãe estava preocupada eu sabia, mas eu não entendia como ela podia estar calma...
Eu por outro lado, dos altos dos meus sete anos, estava desesperada...
Minha única irmã! Como assim? Onde? Onde ela foi parar?
Será que pegaram minha irmãzinha?
Será que vou perde minha mãe também e ficar sozinha?
Eu chorava e minha mãe me dizia " calma filha, a Clara já vai aparecer!" 
Os minutos pareceriam séculos... Mas no mezanino, um senhor sorridente apontava para as escadas onde a Clara descia com um vendedor, toda saltitante...
Eu corri para abraçá-la... Como ela é querida... Que bom que ela apareceu...
O vendedor disse para a mamãe que a Clara pegou em sua mão e disse seu nome e que era filha da Luiza, que estava de bolsa azul e calça jeans!

Que boa memória tem minha irmã... o vendedor a elogiou... as pessoas sorriram conosco e eu voltei a respirar! 

2 comentários:

  1. Boa crônica de desaparecimento de irmãs, mas não entendi se sua mãe estava desesperada, querendo que fechassem as saídas com o sumiço da Clara como poderia estar agindo naturalmente como se tudo fosse normal.

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